Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

FAÇA COMO EU: VISITE O BLOG DELES, E SIGA-OS TAMBÉM! :)

30 de out. de 2008

Antes que eu me esqueça...


QUEM MATOU ELOÁ?

Em crônica passada, comentei que o assassinato da menina seqüestrada em Santo André ocorreu em função do clima pré-eleitoral. Os atiradores de elite tiveram o criminoso por seis vezes na mira. Mas não ficaria bem para o governo, como me aventava um leitor, a televisão mostrar ao eleitorado restos do cérebro do criminoso espalhados no piso. A vantagem de Kassab sobre Marta Suplicy poderia esvanecer-se no ar. Melhor deixar estar para ver como fica. Como ficou, todos sabemos. Uma menina morta e outra com um balaço na boca. O criminoso saiu ileso.

Jornal algum aventou esta hipótese. A imprensa paulistana está de mãos atadas quando se trata de criticar José Serra. Na Folha de São Paulo, por exemplo, é proibida qualquer crítica a Serra. Na edição de hoje da Folha, lemos esta discreta notinha, reproduzida do jornal Agora:

Governo não autorizou tiro em Lindemberg 

O promotor Antonio Nobre Folgado disse ontem que os integrantes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) não tinham autorização do gabinete de crise e de seus superiores para realizar o "tiro de neutralização" contra Lindemberg Alves Fernandes, 22, que matou Eloá Cristina Pimentel, 15.
O gabinete de crise era constantemente informado sobre o andamento da situação e era formado por José Serra (PSDB), pelo secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão e pela cúpula da PM.
Segundo o promotor, essas informações constam dos depoimentos de PMs e dos comandantes do Batalhão de Choque, coronel Eduardo Félix, e do Gate, Adriano Giovaninni.

Ao ser aprisionado e desarmado, o criminoso andou levando uns tabefes. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe-SP) enviou à Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo o pedido para investigar a agressão a Lindemberg Alves. Claro que os direitohumanistas jamais pedirão para investigar o assassinato de Eloá. 

Os policiais estavam de mãos atadas. Imagine se além de uns tabefes, o criminoso fosse morto. Kassab arriscaria perder as eleições. Se alguém é responsável pela morte da menina Eloá, este alguém se chama José Serra. Mas é claro que nenhum jornal da grande imprensa levantará esta lebre.

***

Texto de Janer Cristaldo, publicado em seu blog, http://www.cristaldo.blogspot.com/

***

Pois é, vejam vocês que ninguém, absolutamente ninguém da grande (e vendida) mídia tocou nesse assunto.

João Guimarães Rosa no Rio de Janeiro

Para ampliar, clique na imagem.

Confeitaria Cristã...


Descobri um blog doce...

É o Confeitaria Cristã, do Daladier, do Eliseu, do Márcio e de mais gente boa...

Visite:


O Blog, por ele mesmo:

Este blog reúne postagens selecionadas de um time de blogueiros (pastores, escritores, seminaristas) atuantes e influentes na blogosfera evangélica.
A proposta que fiz a cada um deles foi esta: que a cada semana, ou de 15 em 15 dias (sendo esse o prazo máximo, e o mínimo nunca inferior a 7 dias), eles inserissem aqui aquelas postagens que eles consideram as melhores postadas em seus próprios blogs, no período.
Sendo assim, a Confeitaria apresenta a seus visitantes um variado, porém seleto cardápio de informação e opinião.
Temos tortas, biscoitos e salgados.
A casa funciona 24 horas por dia.
Ah, sim, já ia me esquecendo: os boatos que você ouviu eram mesmo verdadeiros. Servimos os melhores cafés deste lado do Atlântico.
Bom apetite, boa leitura e volte sempre.
O Senhor é a nossa força!

28 de out. de 2008

Jorge Luis Borges


FUNDACIÓN INTERNACIONAL JORGE LUIS BORGES

organiza

Novenas Jornadas
BORGES Y LOS OTROS


Buenos Aires, del 25 al 28 de agosto de 2009
Primera circular – octubre de 2008


Sede de las Jornadas
Fundación Internacional
Jorge Luis Borges
Anchorena 1660
Ciudad de Buenos Aires
Telefax: 4822-8340/ 4822-4940
jorgeluisborges.fund.int@fibertel.com.ar


Coordinadora de las IX Jornadas:
Lic. Ma. Gabriela Barbara Cittadini
Informes:
mgcittadini@fibertel.com.ar

Buenos Aires, del 25 al 28 de agosto de 2009

La convocatoria incluye a especialistas en literatura argentina y extranjera, investigadores en comunicación y medios, historiadores, críticos y docentes. Si bien no se excluye ninguna temática relacionada con la obra de Jorge Luis Borges, se ha elegido como punto de partida El Aleph en su 60º aniversario. Se recordará así mismo el 110º aniversario del nacimiento del autor.

ÁREAS TEMÁTICAS

Literatura borgeana y otras artes: conceptualizaciones.
Borges y la ciencia.
Borges y la cábala
Borges y el tango.
Borges y la teoría literaria.
La obra borgeana y otras literaturas.
Literatura borgeana y oralidad.
Borges y el periodismo.
La obra borgeana y Buenos Aires.
La obra borgeana y los géneros literarios.
Borges y la filosofía.
La obra borgeana en la escuela y en la formación docente.
Las jornadas se articularán con conferencias plenarias, paneles de especialistas, y mesas de ponencias.

INSCRIPCIÓN

La inscripción de los expositores puede realizarse hasta el 25 de mayo de 2009 por correo electrónico. La de asistentes y alumnos deberá realizarse personalmente el día del inicio de las Jornadas durante la acreditación.
En ese momento se solicitará el pago de un bono contribución, que se detallará en la próxima circular.

ACREDITACIÓN

La acreditación se realizará el martes 25 de agosto una hora antes del comienzo de las actividades.


ENVÍO de RESÚMENES (ABSTRACTS)

Vencimiento: 25 de mayo de 2009
Enviar ficha de inscripción y resumen por correo electrónico como archivo adjunto, a la siguiente dirección:
mgcittadini@fibertel.com.ar
Novenas Jornadas “Borges y los otros”

- El resumen (abstract), cuyo plazo de entrega vence el 25 de mayo se enviará por correo electrónico. Deberá constar de: a) Datos personales del autor (nombre y apellido, dirección particular, teléfono y/o fax, e-mail, universidad, instituto o centro de investigación en los que se desempeña) en la parte superior alineados a la izquierda; b) título de la ponencia; c) Resumen de hasta 200 palabras con los objetivos, aportes o hipótesis del trabajo. d) curriculum abreviado de no más de 10 líneas.
- La presentación se hará en Word 6.0 o superior en letra Times New Roman 12 y espaciado de 1,5. NO SE ACEPTARÁN LOS ABSTRACTS ENVIADOS FUERA DE TÉRMINO O QUE NO SE AJUSTEN A LAS NORMAS REQUERIDAS.
- LAS PONENCIAS TENDRÁN UN MÁXIMO DE 6 PÁGINAS, INCLUIDAS LAS NOTAS AL PIE, EN PAPEL A4, TIPO DE LETRA TIMES NEW ROMAN 12. AL FINAL DEL TRABAJO SE CONSIGNARÁ ALFABÉTICAMENTE LA BIBLIOGRAFÍA CITADA.
- El tiempo de lectura será de 15 MINUTOS.
- Todas las ponencias aceptadas podrán ser objeto de publicación en las Actas de las jornadas, que serán editadas por la Fundación Internacional Jorge Luis Borges, si la comisión de referato así lo considera. LAS PONENCIAS DEBEN SER ENTREGADAS DURANTE LAS JORNADAS en un CD (con el apellido del autor y el nombre de la ponencia indicados en su etiqueta) con las mismas especificaciones que los resúmenes más una copia impresa.
- Los alumnos que deseen presentar ponencia deberán hacerlo con el aval de un profesor.
- Se entregarán certificados de asistencia a los expositores.

______________________________________________

FICHA DE INSCRIPCIÓN


Nombre y apellido:
Domicilio:
Código postal:
Teléfono:
Fax:
E-mail:
Lugar de trabajo:
Título de la ponencia:

Categoría: Expositor:
Adherente y estudiante:

26 de out. de 2008

o Rio de Gabeira

Uma eventual vitória de Fernando Gabeira para prefeito do Rio de Janeiro quebrará sólidos e antigos paradigmas que orientam as campanhas eleitorais desde os tempos idos. De frente para trás: neste momento, as regiões mais densamente habitadas da cidade, principalmente as zonas norte e oeste, estão coalhadas de cabos eleitorais de Eduardo Paes, candidato do PMDB.

Onde a vigilância da Justiça Eleitoral é frouxa (quer dizer: na maioria dos lugares), faz-se boca de urna - embora ela seja proibida. Onde há vigilância, distribuem-se bandeirinhas de plástico.

A campanha de Gabeira, por orientação dele, descartou o uso de cabos eleitorais no dia da eleição. Falta material de propaganda. Gabeira levou ao pé-da-letra a promessa de não sujar a cidade.

Na manhã de ontem, atrás de cartazes, dezenas de pessoas invadiram o comitê central da campanha de Gabeira na avenida Rio Branco. Os únicos que havia estavam colados nas paredes. Foram arrancados.

Paes torturou-se ensaindo para os oito debates que travou com Gabeira no segundo turno. Aluno aplicado, memorizou estatísticas, preparou perguntas capciosas e bolou respostas para tudo.
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Gabeira não perdeu muito tempo se preparando para os debates. No dia do último e mais importante, o da TV Globo, passou duas horas trocando figurinhas com seus assessores - sem deixar de atender o celular.

Em uma eleição renhida, candidato bate e apanha. Gabeira só apanhou - e apanhou bastante. Prometera não atacar o adversário - e cumpriu a promessa.

Dá para ganhar eleição em uma grande cidade sem gastar muito? Gabeira apostou que sim. Aceitou doações - desde que pudesse revelar na internet o nome dos doadores e quanto cada um deu.

A mais chulé das campanhas conta com a ajuda de um marqueteiro. Gabeiro foi o marqueteiro de sua campanha. Ninguém escreveu o que ele devia dizer no rádio e na televisão - nem ele mesmo. Improvisava.

Enfrentou o candidato do presidente da República, do governador do Estado e da Igreja Universal amparado por um PSDB que no Rio é raquítico, e por um DEM que não ousa dizer o nome.

Um candidato assim pode se eleger?

Com a palavra, os cariocas.
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Enviado por Ricardo Noblat - 26.10.2008
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
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Colaboração: Olavo de Carvalho

25 de out. de 2008

Olá, bom fim-de-semana e boa semana que vem!

Postagens engavetadas
Nestes dias tenho escrito muito, refletido, pensado acerca de muitos temas que dizem respeito à Palavra de Deus, que é realmente perfeita. Escrevo em geral de madrugada, quando estou deitada. Gostaria que a inspiração me viesse quando estou de frente para o PC, seria muito mais prático, mas não. Às vezes estou deitada, e aí me levanto, pego papel e caneta e começo a escrever. O maior problema é que meus manuscritos, muitos, são guardados em uma caixa e lá permanecem. Falta de tempo, de disposição, e agora, de internet em casa, levam as folhas de papel a permanecer em estado de espera contínua, no fundo de uma caixa de sapatos, entre tantos outros papéis, no meu escritório abarrotado de livros, caixas, DVDs, CDs etc. Outra coisa: resolvi postar só músicas cristãs no canal Maya_musique, por um tempo, porque não agüento mais ler que as músicas cristãs carecem de imaginação. Que são chatas. Que não têm graça. Que são comercialescas. Etc. etc. Não é verdade, eu não concordo com essa cantilena chatinha e mentirosa que diminui a produção cristã-evangélica e exalta bandas como U2 e cantores como Morrissey como artistas "extremante comprometidos" com a evangelização e com o caminho estreito que é seguir a Jesus e crer e obedecer na Palavra de Deus. Então, para quem quiser, apresento um leque de músicas cristãs, na minha opinião de excelente qualidade, que louvam o nome do Deus Vivo, que o exaltam, que o glorificam e não dependem de um cantinho e um violão para serem boas.
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A novela Oi/Velox
Quanto à internet: recomendo a todos, expressamente, que jamais contratem os serviços da Oi/Velox. Neste mês a navegação ficou inviável, lentíssima, ruim mesmo, e olha que eu assinava internet banda larga. Então, liguei inúmeras vezes para a assistência técnica da Oi/Velox, ouvi uma penca de gravações, esperei bastante, anotei uns três números de protocolo e fiquei em casa, a esperar técnicos que nunca vieram, a fim de que resolvessem um problema relativo à taxa de transferência e ao funcionamento geral da web, que estava lentíssimo.
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Após muitas tentativas, liguei para o Procon e narrei meu drama cibernético. O contrato firmado com a Oi/Velox obriga qualquer assinante a permanecer com os serviços durante o prazo mínimo de um ano, pagando fielmente, mesmo que a conexão com a internet seja péssima e a assistência técnica, pior ainda. Se o assinante decide não mais pagar pelos serviços da Oi/Velox, e rescindir o contrato, deve pagar multa cobrada no valor do restante de mensalidaes não pagas dentro do período de 12 meses. É uma armadilha, sem dúvida, e fere o Código de Defesa do Consumidor. Então, já exausta e sem internet que prestasse, liguei novamente para a Oi/Velox e finalmente consegui rescindir o contrato sem ônus para mim (mas precisei dizer que já havia falado com o Procon, entre outras demonstrações expressas de insatisfação).
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Agora, estou sem internet, e avalio algumas possibilidades. A proposta da IG me parece boa, estou pensando.
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De qualquer modo, num cyber café o tempo é sempre limitado e faço o estritamente necessário. Me desculpem pela escassez de postagens, espero modificar isso em breve.
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Eleições
Para os que votam neste domingo, 26/10, sugiro pensar bem antes...

Se eu estivesse em São Luis (MA) é provável que anulasse meu voto.

Se estivesse em São Paulo (SP), talvez votasse no Gilberto Kassab, porque a idéia de ver Marta Suplicy, que eu considero arrogante, irresponsável, infiel e de caráter duvidoso, na Prefeitura, me traz enorme desgosto.

Se votasse no Rio (RJ), é provável que meu voto fosse do Fernando Gabeira, apesar de discordar dele a respeito de alguns pontos. O que me faria votar no Gabeira é seu compromisso com o meio ambiente. Ontem, no debate da Globo, ele disse uma coisa que me chamou a atenção: que o problema do saneamento (tratamento de esgotos e fornecimento de água potável) era o maior problema ambiental urbano do país. Eu concordo plenamente com ele. A maioria das pessoas tem uma idéia muito errônea a respeito do meio-ambiente, sobretudo do meio-ambiente urbano. Muitos imaginam que ambientalistas são pessoas que se amarram a árvores para que elas não sejam cortadas. Esses também são ambientalistas, mas a questão do meio-ambiente é amplíssima e vai desde a criação de redes de esgoto e de tratamento de dejetos à construção de usinas de reciclagem de lixo e à preocupação com a poluição visual e sonora. Em 2007, conversando com o vice-prefeito de uma cidade do interior do Nordeste, fui questionada a respeito do que achava mais importante em uma gestão municipal. Respondi: saneamento básico. Ontem Gabeira ganhou, definitivamente, minha adesão. O político que pensa nisso e coloca o saneamento básico entre suas prioridades é responsável e conseqüente. até prque saneamento básico não "dá votos". Ontem, também no debate, Gabeira repetiu que para cada um real gasto em saneamento os governos economizam quatro reais em gastos com saúde, educação (repetência decorrente de problemas de saúde como verminoses, por exemplo) etc. Taí um cara que sabe o que diz. Torço por ele!
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Boa semana a todos!
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: )
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Maya

24 de out. de 2008

destruindo os mitos da mídia neoliberal

Emprego público no Brasil

Na última década, ganhou maior dimensão a visão de que o Brasil possuía funcionários públicos em demasia, concentrados nas funções meio e distantes, portanto, das atividades fins. Em outras palavras, o Estado seria uma espécie de cabide de emprego para os privilegiados, resultando em burocracia e incapacidade para exercer atividades vitais do serviço público para a população.

Embalado por esse diagnóstico, processou-se ao longo da década de 1990 uma profunda mudança no seu papel, com forte contenção do emprego e das funções públicas. A sociedade foi levada a imaginar que a reforma do Estado, por meio da privatização do setor produtivo estatal (empresas e bancos), fechamento e extinção de órgãos, departamentos e repartições, bem como a abertura do espaço público às organizações não-governamentais e à responsabilidade social do setor privado, resultaria na modernidade e na elevação do padrão de bem-estar econômico e social da população.

De fato, o conjunto das mudanças promovido no interior do setor público foi capaz de interromper a tendência de evolução do emprego público no Brasil. Assim se percebe, por exemplo, que a relação entre a quantidade de empregados no setor público e a população total do país, que havia aumentado 9,8 vezes entre 1920 e 1990, passou a cair desde então.

Em 1990, por exemplo, o Brasil possuía quase cinco funcionários públicos para cada grupo de cem brasileiros, enquanto em 1920 a relação era de 1 empregado público para cada grupo de 200 habitantes. Depois de 1990, no entanto, a tendência de alta no emprego público relativo à população foi rompida.

Em 14 anos (1990-2004), a proporção do emprego público no conjunto da população total caiu 6,1%. De certa forma, a inversão desse movimento evolutivo na relação do emprego público com a proporção da população refletiu as opções de modificação do papel do Estado no país.

No caso da privatização, percebeu-se que o seu avanço significou a demissão de meio milhão de trabalhadores do setor público. Além disso, outro conjunto de vagas na administração estatal foi extinto, tendo em vista a transferência de responsabilidade pública para o setor privado não-governamental e comunitário.

Em vista disso, caberia indagar se essa situação recente vivida pelo Brasil seria similar à experiência internacional, especialmente dos países desenvolvidos. Mas, por incrível que possa parecer, o setor público continua exercendo forte importância nos países desenvolvidos.

Em nações como a Suécia, o peso do emprego público representa quase 18% do total da população, enquanto na Alemanha se encontra próximo dos 7%. O Brasil, nesse sentido, está na contramão, justamente por apresentar uma das menores relações entre o emprego público e o total da população.

Em relação aos Estados Unidos, por exemplo, o Brasil possui o nível de emprego público como proporção da população quase 30% menor. Se a comparação for com a França, nota-se que lá há 2,1 vezes mais empregados públicos, como proporção da população total, que no Brasil.

E se a investigação for a respeito da classificação das funções do emprego público, observa-se que, no Brasil, a concentração das ocupações localiza-se justamente nas atividades fins. Ou seja, a cada dez empregados do setor público somente três localizam-se nas atividades meio, os sete demais, nas atividades fins.

Em síntese, o Brasil possui uma baixa relação do emprego público com o conjunto da população e mantém uma divisão não desproporcional de funções entre atividades meio e fins. Mas isso não significa que o setor público não precisa melhorar. É fundamental uma reforma que democratize o Estado e fortaleza as suas funções, sobretudo aquelas necessárias ao protagonismo do desenvolvimento econômico com inclusão social.

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Publicado em: 30/8/2006
Fonte: Revista Forum
Cidade: São Paulo - SP - País: Brasil
Autor: Marcio Pochmann

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Colaboração: Nelson Mendes

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NOTA: A mídia neoliberal (= Rede Globo, que outro dia estava sugerindo uma "redução de gastos do Estado brasileiro" para que enfrentemos a "crise mundial" - a bárbara trapalhada em que nos meteram, todos, os governos e os bilionários do sistema capitalista, com sua sede de dinheiro sem os custos do trabalho) nos faz pensar que emprego público é desnecessário, que onera os gastos do Estado, (bom, para a Rede Globo o Estado só deve servir quando o BNDES financia as dívidas da emissora, o que aconteceu recentemente) que devemos ter menos funcionários para que o serviço público seja mais eficiente... Que engano! Quanto mais funcionários bem treinados, bem remunerados e bem empregados, mais serviços de boa qualidade temos para a população: mais médicos, mais professores, mais enfermeiras, atendentes, analistas, fiscais, policiais, juízes...

Bom, de certa forma João Castelo colaborou ativamente para aumentar o número de funcionários públicos quando foi governador biônico do Maranhão e senador pelo PDS (Arena), pois empregou boa parte da família para que ganhassem um dinheirinho público, tanto no Maranhão quanto em Brasília (no famoso "trem da alegria" do Senado, vocês se lembram?). Só que foi sem concurso público, é claro.
João Castelo foi tão hábil que até a mulher conseguiu eleger prefeita, o que foi, obviamente, um completo desastre para a população de São Luis.

20 de out. de 2008

João Castelo manda espancar estudantes e agora quer lavar a égua com o dinheiro do povo! Eu não sabia que tucano era ave de rapina!

CASTELO É CANDIDATO COM MAIOR NÚMERO DE PROCESSOS NA JUSTIÇA

Levantamento feito pelo site www.congressoemfoco.ig.com aponta que 14 dos 22 candidatos a prefeito que disputarão o segundo turno das eleições municipais no país respondem juntos a 100 processos na justiça. Somente João Castelo (PSDB), que concorre com Flavio Dino (PC do B) à Prefeitura de São Luis (MA), é réu em 20 ações. O número corresponde a 20% do total de processos judiciais movidos contra candidatos a prefeito no Brasil e coloca o tucano em primeiro lugar nesse quesito. Dino, por outro lado, não responde a nenhuma ação judicial. Procurado pela reportagem do Congresso em Foco, Castelo não se manifestou sobre o assunto. Abaixo, a relação completa dos processos judiciais movidos contra o tucano:

No TRF da 1ª Região ou na Justiça Federal do Maranhão:
Execução Fiscal 2008.37.00.001168-1
Execução Fiscal 2007.37.00.010497-6
Procedimento Ordinário 96.00.01280-6
Busca e Apreensão 95.00.03649-5
Execução Fiscal 95.00.05009-9
Execução Fiscal 96.00.01869-3
Execução Fiscal 2001.37.00.001477-3
Execução Fiscal 00.00.03986-1

No TJMA:
Ação de Cobrança 220052006
Ação de Cobrança 218102004
Embargo de Devedor 77802004
Execução Forçada 8511998
Execução Forçada com Devedor Solvente 1131992
Execução 57312005
Ação Ordinária de Cobrança 211762002
Ação Ordinária de Cobrança 211752002
Execução 19852002
Execução Título Extrajudicial 71351999
Execução Forçada 144591996
Execução Forçada 144811996

Em 2ª Instância:
Recurso Cível 0168622004
Recurso Extraodinário Cível 0168632004
Recurso Especial Cível 0303072005






O que diz o candidato: Não se manifestou.

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Colaboração: Déborah Ferreira

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Meu recado: Ludovicense, não dê o dinheiro do povo para quem merece a lata do lixo e a porta da rua: ele não saberá honrar seu voto. Se eu estivesse em São Luis, sem sombra de dúvida meu voto seria NULO. Nem o político profissional e oportunista do PC do B, nem o corrupto desonesto do PSDB. O Maranhão é um lugar que ainda não tem políticos prontos a servir o povo e fazer de seu mandato uma trajetória minimamente digna e limpa. Lembrete: Flavio Dino, candidato do PC do B, votou e trabalhou contra os professores da rede estadual e contra a Educação (a favor do subsídio, apoiando o governo de Jackson Lago, seu aliado) durante a greve de 2007.

18 de out. de 2008

quadrinhos no Rio de Janeiro

Tira de Os Malvados, de André Dahmer, que estará no evento debatendo.
Para ampliar a imagem, clique nela.
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A terceira edição da Semana de Quadrinhos da UFRJ será organizada pelos alunos da Escola de Belas Artes, em parceria com o SESC Madureira. Nosso objetivo principal é transpor as portas da Universidade e dialogar com o público jovem e fã de quadrinhos as diferentes formas de se construir a arte seqüencial.

A II Semana de Quadrinhos, realizada em 2007, contou com grandes nomes como Carlos Patati, Jaguar e Chico Caruso, além de exposição com trabalhos amadores e profissionais, concurso de tirinhas e mostras de animação.

Esse ano homenageamos o cartunista Henfil, que mesmo vinte anos após sua morte ainda influencia toda uma geração de jovens artistas. Os debates irão tratar da concepção dos quadrinhos como arte, mídia digital na arte seqüencial, quadrinhos e humor político e publicação de quadrinhos no Brasil.
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Programação - III Semana de Quadrinhos UFRJ
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28/10, terça-feira:
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18h - OFICINA - ROTEIRO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Tem por objetivo dar uma noção de como é planejado e executado um roteiro feito para HQs e Mangás, pontuando as particularidades dessa modalidade literária e introduzindo o participante nas técnicas necessárias para se elaborar uma história em quadrinhos.

20h - DEBATE - QUADRINHOS: ARTE?
Muitas vezes a importância dos quadrinhos como manifestação artística não é bem compreendida. Pretendemos aqui discutir o lugar dos quadrinhos no universo da arte, suas relações com a comunicação, com o imaginário coletivo, identidade cultural e com o público. Debatedores: Wally Silva e Henrique Cesar

29/10, quarta-feira:
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18h - OFICINA - DESENHO E ARTE FINAL
Focada na criação dos personagens e materiais necessários para a criação de uma HQ, pretende ensinar algumas técnicas essenciais, além de indicar conteúdos a serem dominados para aqueles que almejam se aventurar pelo mundo da arte seqüencial.

20h - DEBATE - MÍDIA DIGITAL E ARTE SEQUENCIAL
Será discutido o uso de diferentes mídias como meio de divulgação para as histórias em quadrinhos, os benefícios e desvantagens para os autores, além das perspectivas do mercado de HQ’s no mundo virtual. Debatedores: Carlos Holanda e André Dahmer

30/10, quinta-feira:
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18h- OFICINA - TIRINHAS
Uma vez dominados os fundamentos básicos nas oficinas anteriores, é hora de botar a mão na massa. Aqui o foco é a produção, é onde os participantes poderão colocar em prática o que aprenderam produzindo o seu próprio material, com a ajuda dos monitores.

20h - DEBATE - QUADRINHOS E HUMOR POLÍTICO
O uso do cartum nos quadrinhos, charges e caricaturas é uma forma irreverente de exercer a crítica social. Essa discussão irá pautar a importância do gênero no Brasil, bem como suas diversas vertentes, do ativismo artístico até o humor editoria. Debatedores: Amorim, Nico e Latuff

31/10, sexta-feira:
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18h - WORKSHOP DE MANGÁ - STUDIO SEASONS
Para não deixarmos órfãos os apreciadores da modalidade oriental dos quadrinhos, teremos aqui apontamentos sobre as principais diferenças na construção dos Mangás, personagens e conteúdo das histórias.

20h - DEBATE - PUBLICAÇÃO DE HQs NO BRASIL
Muitos quadrinistas iniciantes encontram dificuldades para publicar seus trabalhos. O debate irá pautar as possibilidades para a publicação de material autoral, apesar da falta de investimento nesse setor no Brasil. Debatedores: Zope e Renato Lima


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Tudo bem, HQ é também um tema para os estudantes de Belas Artes, mas eu me pergunto onde pitombas estão os estudantes de Letras, que não organizam eventos como esse e pouco se interessam pelo estudo das HQs... Ah, já sei: os futuros coleguinhas estão estudando algo acerca do genitivo do gerundivo do presente contínuo dos verbos acionais e suas relações com a partícula 'se' nos textos em português do século XIV e sua influência no dialeto padrão das cidades com menos de quinze mil habitantes do sudeste brasileiro. : P (colegas, nada de pânico, isso é apenas uma brincadeira crítica)
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Colaboração: Olavo de Carvalho, profissional de Letras...

17 de out. de 2008

conto de terror, ou fantástico, ou de suspense


Considero esta narrativa, que li aos dez, onze anos de idade, um dos mais geniais do gênero conto de terror, ou conto fantástico, ou ainda, conto de suspense. É genial, penso eu, porque não precisa jorrar sangue em cada frase para despertar no leitor a surpresa e a expectativa diante de um final estranhamente possível. Aí está a beleza das grandes obras literárias: sugerir mais do que dizer. Deixar ao leitor a liberdade de construir e deduzir, de atribuir e concluir, sem no entanto mover a narrativa para o previsível. Além disso, o prazer da leitura não finda após os dois primeiros parágrafos. Eis aí outra característica da boa literatura: é agradável e prazerosa para quem lê.

Este é um clássico dos contos de terror. Há na internet traduções que preferiram "pata", no lugar de "garra", além de outras diferenças. particularmente, considero esta versão a mais genial. Boa leitura.


A GARRA DO MACACO


Fora, a noite estava fria e chuvosa, porém, na saleta do "chalet" de Laburnum as venezianas haviam sido fechadas e o fogo ardia, rebrilhando. Pai e filho jogavam xadrez; o pri­meiro, que tinha acerca do jogo idéias que implicavam alterações radicais, expunha o seu rei a perigos extremos e inúteis, pro­vocando sempre comentários da velha dama de cabelos brancos que fazia meias plàcidamente, ao pé do fogo.
- Escuta o vento - disse o sr. White que, percebendo um erro fatal quando já era tarde, desejava amavelmente impedir que o filho o notasse.
- Estou ouvindo - respondeu o rapaz, vigiando atenta­mente o tabuleiro, enquanto o pai estendia a mão. - Xeque!
- Custa-me crer que ele venha esta noite - continuou o velho, conservando a mão no xadrez.
- Mate! - acrescentou o filho.
- É o mal de morarmos tão longe - tornou o sr. White;
com violência súbita e não reprimida. - De todos os sítios imundos, lamacentos e isolados, este é o pior. A estrada é um charco e a rua, uma torrente. Não sei o que esta gente pensa disto. Mas como só duas casas da estrada são de aluguel, su­ponho que pouco se lhe dá.
- Pouco importa, querido - observou a esposa com mei­guice - talvez ganhes a próxima partida.
O sr. White levantou os olhos a tempo de perceber um olhar de inteligência entre a mãe e o filho. As palavras morreram-lhe nos lábios e ele disfarçou uma careta, na barba espessa e grisalha. - Aí está ele - anunciou Herberto White, ouvindo o por­tão bater violentamente; passos pesados aproximaram-se da casa.
O ancião levantou-se, com uma solicitude hospitaleira e, abrindo a porta, acolheu com lamentações o visitante que se queixou também. O sra. White interveio, conciliadora.
- Isso passa! Passa!
E tossiu, quando o marido entrou na peça, seguido por um homem alto e corpulento, de olhos pequenos e faces coradas.
O militar trocou apertos de mão e, tomando a cadeira ao pé do fogo que lhe era oferecida, deitou alegremente um olhar à roda, enquanto o seu hospedeiro trazia whisky e cálices e punha uma chaleirinha de cobre no fogo.
- Primeiro o sargento Morris - disse o velho, apre­sentando-o.
Ao terceiro copo, os olhos do sargento já reluziam e ele principiou a falar; a família observava com o maior interesse esse visitante de terras afastadas que, recostado aos ombros largos na cadeira, falava de cenas selvagens e feitos destemi· dos, de guerras, de misérias e de povos estranhos.
- Há vinte e um anos - disse o sr. White, voltando-se para a esposa e o filho - quando ele partiu, era uma flor da mo­cidade no quartel. Olhem-no agora.
- Não me parece que tenha mudado muito - observou cortesmente a sra. White.
- Gostaria de ir à Índia - tornou o ancião - só para ver alguma coisa com os meus olhos.
Está melhor aqui - afirmou o oficial, meneando a cabeça.
Gostaria de conhecer esses templos antigos, os faquires e os pelotiqueiros - continuou o sr. White. - Que me disse, dias atrás, da garra de macaco ou coisa semelhante, Morris? - Nada - apressou-se a responder o soldado. - Nada que valha a pena ouvir.
Garra de macaco? - perguntou a sra. White com curiosidade.
Bom; é talvez um pouco do que se pode chamar magia - respondeu evasivamente o militar.
Os três ouvintes curvaram-se com interesse. O visitante le­vou distraidamente o copo aos lábios e depois soltou-o. O sr. White tornou-o a encher.
- Reparem - principiou o sargento, esquadrinhando os bolsos - eis uma simples garra de macaco mumificada.
E exibiu o que tirara do bolso. A sra. White recuou com uma careta, mas o filho apanhou o curiosidade.
- E que há de especial nisso? – indagou o Sr. White, tomando-o das mãos do filho e pousando-o na mesa, depois de o observar.
- Foi encontrado por um velho faquir - explicou o sargento - um velho honrado, que queria demonstrar que o destino rege a vida do homem e que, contrariando-o, o homem só acarreta a própria desgraça. Ele encantou este objeto de modo que três pessoas poderão satisfazer por meio dele três desejos cada uma.
O tom de Morris era tão solene, que impressionou os seus hóspedes.
- E por que não fez os seus pedidos, senhor - perguntou Herberto White habilmente.
O militar encarou-o, como na Idade Média se costumava olhar um rapazote presunçoso, e replicou com calma:
- E os fiz.
Mas o rosto se lhe tornou lívido.
E os três desejos foram satisfeitos? - indagou a sra. White.
- Sim - respondeu o sargento, batendo o copo contra os dentes.
- E mais alguém manifestou três desejos? - insistiu a senhora.
- O primeiro possuidor manifestou três desejos - dis­se Morris. - Sim; não sei quais foram os dois primeiros, mas o último foi a morte. Eis como esta garra me chegou às mãos.
O seu tom era tão grave, que o grupo se conservou silencioso.
- Se lhe satisfez os seus três desejos já não lhe serve, Morris - observou o ancião. - Por que a conserva?
O soldado meneou a cabeça.
- Capricho, suponho - disse lentamente. - Pensei em vendê-la; não sei, porém, se devo. Já causou bastante trans­tornos. Aliás, ninguém a compraria: uns consideram uma fábula e os que acreditam querem primeiro experimentá-la e depois pagar-me.
- Se tivesse outros três desejos - perguntou o sr. White encarando-o - seriam satisfeitos?
- Não sei - replicou o sargento. - Não sei.
E, apanhando a garra entre o polegar e o indicador, deitou-a às chamas. White curvou-se, com um grito, e retirou-a.
- É melhor que a deixe queimar - disse solenemente o soldado.
- Se não a quer, Morris - propôs o velho - deixe-a comigo.
- Não - tornou rispidamente o sargento. - Deite-a ao fogo. Se apanhou, não me culpe, caso lhe aconteça alguma coisa. Atire-a outra vez às chamas, como homem sensato.
White meneou a cabeça e, examinando atentamente a sua nova propriedade, indagou:
- Como se usa?
- Levante-a na mão direita e diga o que deseja em voz alta - explicou o sargento - mas eu o avisei das conseqüências.
- Lembra as "Noites árabes" - disse a sra. White, levantando-se e começando a servir a ceia. - Crê que eu possa pedir para mim quatro pares de mãos?
O ancião tirou do bolso o talismã e os três riram-se; mas o sargento, preocupado, segurou o braço do velho.
- Se quiser formular algum desejo - disse ele rapida­mente - peça alguma coisa razoável.
White tornou a guardar a garra no bolso e, dispondo as cadeiras, chamou o amigo para a mesa.
Durante a ceia, o talismã foi esquecido; mais tarde, pais e filho escutaram atentamente a segunda narração das aventuras do militar na Índia.
- Se a lenda da garra de macaco não for mais verídica do que as que ele nos contou - disse Herberto, mal a porta se fechou atrás do hóspede, que partira para apanhar o último trem - não nos servirá muito.
- Deu-lhe alguma coisa? - indagou a sra. White, enca­rando o marido.
- Uma bagatela - replicou ele, corando. - Morris não queria, mas eu o obriguei a aceitar. Ele insistiu, para que eu devolvesse a garra.
- Está visto - disse Herberto, com fingido horror. ­Bem, agora seremos ricos, famosos e felizes. Para começar peça que o faça imperador, pai; só assim não será governado.
E o rapaz correu em redor da mesa, perseguido pela sra. White que, ofendida, se armara de uma almofada.
O sr. White tirou do bolso o talismã e observou-o com ar de dúvida.
- Na verdade não sei o que hei de pedir - disse ele len­tamente. - Parece-me que tenho tudo que desejo.
- Se pudesse mudar-se, julgar-se-ia completamente feliz! - observou Herberto, pousando a mão no ombro do pai. - Pois bem, peça duas mil libras, então; é o quanto basta.
Sorrindo da própria credulidade, White ergueu o talismã e o rapaz, obedecendo em parte a um olhar da mãe, sentou-se ao piano, com ar muito sério, e fez soar alguns acordes solenes.
- Desejo duas mil libras - disse distintamente o ancião.
Um belo acorde saudou as palavras e foi interrompido por um grito de White. A esposa e o filho correram para ele.
- Moveu-se! - bradou o velho, deitando um olhar de repugnância ao objeto que jazia no chão. - Quando fiz o pe­dido, agitou-se como uma serpente!
- Contudo, não vejo o dinheiro - disse o rapaz, levan­tando o talismã e pondo-o na mesa - e aposto que nunca o verei.
- Foi decerto uma fantasia - observou a sra. White fitando ansiosamente o marido.
O velho meneou a cabeça.
- Não importa; não me causou nenhum dano; mas, apesar de tudo, tive um choque.
Sentaram-se os três ao pé do fogo e os dois homens acaba­ram de fumar o cachimbo. Fora, o vento se tornava mais violen­to e o ancião estremeceu, ouvindo bater a porta no andar su­perior.
Um silêncio estranho e deprimente recaiu sobre o grupo que ali permaneceu, até que o casal se levantou, para se deitar.
- Espero que encontre o dinheiro num saco enorme no meio da cama - disse Herberto, desejando-lhes boa-noite - e alguma coisa horrível espreitando-os em cima do guarda-roupa, para vê-los embolsarem esse lucro mal ganho.
O rapaz sentou-se sozinho, na escuridão, olhando o fogo e vendo nas labaredas caretas estranhas; a última era tão hor­rível, tão simiesca, que o assustou. E parecia tão viva, que, com uma risada contrafeita, Herberto apanhou na mesa um copo com um pouco de água e o entornou na visão. Executando esse gesto, sentiu sob os dedos a garra do macaco; arrepiado, limpou a mão no casaco e subiu para o seu quarto.
Na manhã seguinte, à luz do sol de inverno que clareava a mesa de refeição, Herberto zombou do próprio receio. Reina­va na peça uma atmosfera de salubridade prosaica que faltava na noite anterior, e a garra enrugada jazia no guarda-louças com uma indiferença que não demonstrava grande fé nas suas vir­tudes.
- Desconfio que todos os velhos soldados são iguais ­disse a sra. White. - Que idéia a nossa de darmos ouvido a esse absurdo! Como pode o desejo de alguém ser satisfeito num tempo destes? E, se fosse possível, que prejuízo nos tra­riam duas mil libras?
- Podem cair-lhe do céu na cabeça – observou o frívolo Herberto.
- Morris disse que a coisa sucede de maneira tão natural - replicou o velho - que se pode crer facilmente numa coincidência.
- Bem; não toque no dinheiro enquanto eu não voltar - ­tornou Herberto, levantando-se. - Receio que essa riqueza o torne avarento, pai, e que sejamos obrigados a renegá-lo.
A mãe riu-se e acompanhou-o até a rua; depois, voltando para a mesa, zombou da credulidade do marido. Entretanto, três horas depois não deixou de correr ao portão, quando o carteiro bateu, e de maldizer das tolices do velho militar, ao ver que o correio só lhe trazia a conta do alfaiate.
- Quando voltar, Herberto fará mais alguma das suas observações irônicas - disse ela, sentando-se à mesa, com o marido para almoçar.
Também creio - replicou o Sr. White, servindo-se de cerveja – mas apesar de tudo, a garra moveu-se; poderia jurá-lo.
- Foi impressão - disse a velha senhora, com bondade.
- Garanto que se mexeu – retrucou ele. – Eu não pensava nisso. Tinha juntamente... Que há?
A velha dama não replicou. Observava os movimentos mis­teriosos dum homem que, do lado de fora, se dirigia para a casa, com ar indeciso e aparentemente relutava em entrar. Li­gando-o às duas mil libras, ela notou que estava bem trajado e usava um moderno chapéu de seda. O desconhecido parou três vezes diante do portão, continuou e, decidindo de sú­bito, abriu-o e adiantou-se no atalho. Ao mesmo tempo, a sra. White levou as mãos à pressa às tiras do avental, escondeu essa peça de vestuário atrás da almofada da cadeira.
Em seguida introduziu na sala o visitante, visivelmente per­turbado. Olhando de soslaio a velha senhora, ele ouviu com ar despreocupado as desculpas pelo aspecto da peça e pelo tra­jo do marido, um casaco que o sr. White usava geralmente no jardim.
A dona da casa esperou depois tão pacientemente quanto lhe permitia o seu sexo, que o recém-chegado expusesse o mo­tivo de sua visita; mas, a princípio, ele se mostrou estranhamente silencioso.
- Fui encarregado... - começou afinal.
Calou-se, porém, e tirou do bolso um embrulho. - Venho da parte da firma "Maw & Meggins".
A velha dama teve um sobressalto.
- Assunto importante? - perguntou ela, ofegando. - Su­cedeu alguma coisa a Herberto? Que foi? Que foi?
- Sossegue, mulher - interveio apressadamente o ma­rido. - Sente-se e não precipite as conclusões. Tenho certeza de que o senhor não traz más notícias - acrescentou, fitando ansio­samente o estranho.
- Lamento ... – principiou este.
- Ele está ferido? atalhou a mãe, com veemência.
O desconhecido anuiu.
- Gravemente ferido - disse com tristeza - porém não sofre mais.
- Oh, graças a Deus! - exclamou a senhora, juntando as mãos. - Graças a Deus, por isso! Graças ...
Mas interrompeu-se de súbito, percebendo o significado si­nistro dessa afirmação, e leu, na cabeça curvada do visitante, a confirmação terrível do próprio receio.
Com a respiração suspensa, voltou-se para o marido desanimado e pousou a mão trêmula na dele.
- Foi apanhado pela máquina - murmurou enfim o visitante.
- Apanhado pela máquina - repetiu White automaticamente. - Sim.
O velho sentou-se, a olhar, aturdido, pela janela e, tomando entre as suas as mãos da esposa, apertou-as como nunca fizera durante o noivado, quarenta anos antes.
- Era o único que nos restava - disse ele voltando-se cortesmente para o visitante. - É triste.
O outro tossiu e, levantando-se, aproximou-se da janela. - A firma encarregou-me de lhes transmitir os seus pê­sames sinceros, por essa grande perda - disse ele, sem olhar em torno de si. - Rogo-lhes que compreendam que sou apenas um empregado da casa e obedeço ordens.
Não recebeu resposta; a velha senhora tinha as faces lívidas, os olhos fixos e a respiração imperceptível; o rosto do sr. White tomara uma expressão igual talvez à do seu amigo sargento, no primeiro combate.
- Devo dizer que a firma "Maw & Meggins" se exime de toda responsabilidade - continuou o outro. - Não admite que houvesse risco; mas, em consideração aos serviços prestados por seu filho, deseja presenteá-los com uma soma em dinheiro, a título de indenização.
O sr. White soltou a mão da mulher e, erguendo-se, deitou ao visitante um olhar de horror. E, com os lábios secos mal pôde articular a palavra:
- Quanto?
- Duas mil libras - respondeu o outro.
Sem ouvir o grito da esposa, o velho sorriu fracamente, estendeu as mãos como um cego e caiu, sem sentidos, no chão.
No imenso cemitério novo a duas milhas de distância apro­ximadamente, o velho casal enterrou o seu querido morto e voltou para casa, por um caminho sombrio e silencioso.
Isso foi tudo o que a princípio eles conseguiram entender; e ficaram em expectativa, como se ainda estivesse para acontecer alguma coisa... alguma coisa que explicasse esse mistério muito pesado para os seus velhos corações.
Mas os dias passaram e a expectativa cedeu o lugar à resignação - a resignação dos velhos, unida, às vezes, à apatia. Os dois esposos mal trocavam uma palavra, pois nada tinham a dizer; e os dias passavam longos e tristes.
Cerca duma semana depois, acordando de súbito durante a noite, White estendeu a mão e encontrou-se só. O quarto estava escuro e da janela vinha um som de choro triste e abafado.
O ancião ergueu-se da cama e escutou.
- Venha cá - disse ele com ternura. - Sentirá frio.
- Está mais frio para o seu filho - respondeu-lhe a mulher.
E saiu do quarto.
O som de seus soluços enfraqueceu aos ouvidos do ancião. A cama estava quente e as pálpebras lhe pesavam de sono. Ele tornou a adormecer e dormiu, até que um grito selvagem da esposa o acordou num sobressalto.
- A garra! - bradou ela. - A garra do macaco!
White levantou-se assustado.
- Onde? Onde? Que há?
A velha adiantou-se para ele, tropeçando no quarto. - Quero-a - disse calmamente. - Não a destruiu?
- Está na sala na estante - replicou ele admirado. Por quê?
Ela riu-se e gritou ao mesmo tempo e, curvando-se, beijou as faces do marido.
- Só agora pensei nisso - disse, muito excitada. - Por que não pensou você nisso?
- Pensar em que? - indagou White.
- Os outros dois desejos! - replicou ràpidamente a velha senhora. - Só exprimimos um.
- Não foi bastante? - retrucou ele vivamente.
- Não! - exclamou ela, em tom de triunfo. - Teremos mais um. Desça, procure-a já e peça para que o nosso filho res­suscite!
O velho sentou-se na cama e afastou do corpo trêmulo os cobertores.
- Bom Deus! Você está louca! - exclamou assustado.
- Procure-a! - rogou ela. – Procure-a duma vez e peça! Oh, meu filho, meu filho!
Apanhando um fósforo, White acendeu uma vela e disse, em tom irresoluto:
- Deite-se. Não sabe o que está dizendo!
- O nosso primeiro desejo foi satisfeito - tornou a sra. White, com fervor - por que não será o segundo?
- Uma coincidência - balbuciou o velho.
- Desça, procure-a e exprima o seu desejo! - bradou ela trêmula de excitação.
O marido voltou-se, e fitou-a; a voz tremeu-lhe:
- Ele morreu há dez dias: aliás... eu não lhe quis dizer mas... só pude reconhecê-lo pela roupa. E, se estivesse dema­siado horrível, para que você o visse?
- Traga-o! - bradou ela, impelindo-o para a porta. ­Julga que receio o filho que criei?
White saiu da escuridão, dirigiu-se para a saleta e depois para a lareira. O talismã estava no mesmo lugar e o ancião sentiu-se tomado dum receio terrível de que o desejo, embora não formulado, lhe trouxesse o filho mutilado, antes que ele pu­desse sair da peça; conteve a respiração, compreendendo que esquecera o caminho do quarto. A testa cobriu-se de suor frio; rodeando a mesa e apalpando a parede, achou-se no corredor estreito, com o objeto tremendo na mão.
Entrando no quarto, notou que o rosto da esposa se alte­rara; estava lívido e ansioso e parecia ter uma expressão sobre­natural que o assustou. Ele receou-a.
- "Deseje" - ordenou ela, em tom autoritário.
- Isso é absurdo e ímpio - balbuciou o ancião.
- Deseje! - repetiu a velha senhora.
White levantou a mão e articulou:
"Desejo que o meu filho ressuscite!"
O talismã caiu ao chão e o velho fitou-o, receoso. Depois deixou-se cair numa cadeira, enquanto a mulher, com os olhos ardentes, se encaminhava para a janela e abria a persiana.
O sr. White continuou sentado, até sentir-se gelado de frio, fitando de espaço a espaço o vulto da companheira que olhava pela janela. Ardendo no fundo do castiçal de porcelana, o toco de vela refletia sombras móveis no teto e nas paredes; de súbito, com um estremecimento mais forte do que os anteriores, apagou-se. Com uma sensação inexplicável de alívio, por ver que o talismã falhara, o ancião voltou para a cama; um ou dois minutos depois, a esposa, silenciosa e apática, se aproximou dele. Nenhum dos dois falou; permaneceram ambos calados escutando o tic-tac do relógio. Um degrau estalou e um rato passou, correndo, junto da parede. A escuridão acabrunhava-os. Depois de estimular algum tempo a própria coragem, o ancião apanhou a caixa de fósforos e, acendendo um, desceu à procura duma vela.
Ao pé da escada, o f6sforo apagou-se e White parou, a fim de acender outro. Nesse momento, uma batida furtiva, pouco audível, soou na porta da frente. Os fósforos caíram da mão do velho e espalharam-se no corredor. Ele ficou imóvel, com a respiração suspensa, até que tornou a ouvir a mesma batida. Um terceiro golpe ecoou em toda a casa.
- Que é isso - bradou a velha senhora, erguendo-se.
- Um rato - respondeu White, com a voz trêmula.
A senhora sentou-se na cama e escutou.
Outro golpe se fez ouvir igualmente em toda a casa.
- É Herberto! - exclamou a velha. - É Herberto!
E correu para a porta; o marido, porém, já estava diante dela e, apanhando-lhe o braço, segurou-a com força.
- Que está fazendo? - murmurou em voz rouca.
- É meu filho; é Herberto! - bradou ela, debatendo-se. - Esqueci-me de que havia duas milhas de distância. Por que me segura? Larga-me! Preciso abrir a porta.
- Pelo amor de Deus, não faça isso! - exclamou o ancião, estremecendo.
- Você receia de seu próprio filho! - retrucou ela, con­tinuando a se debater. - Deixa-me ir! Já vou, Herberto; já vou!
Ouviu-se um golpe, seguido de outro. Com um movimen­to rápido, a velha livrou-se e saiu, correndo, do quarto. O ma­rido seguiu-a ao patamar, chamou-a pelo nome, e viu-a preci­pitar-se escada abaixo. E logo a voz da pobre mãe soou, ar­quejante:
- O ferrolho! - bradou ela. - Desça; não posso alcançar.
Mas White, ajoelhado, apalpava o chão à procura da garra. Se a pudesse apanhar, antes que o ser que estava do lado de fora entrasse!
Uma saraivada de golpes ressoou na casa toda e o ancião estremeceu, ao rumor da cadeira que a mulher arrastava no corredor, para tirar o ferrolho. Ouviu-se o ranger, puxado len­tamente. Nesse momento, porém, os seus dedos toparam com a garra do macaco e ele formulou o último desejo.
As pancadas cessaram de súbito, embora o eco ainda soas­se dentro da casa. White ouviu o arrastar da cadeira e a porta abriu-se. O vento frio engolfou-se na escada; um gemido de desespero, de decepção da esposa, animou o velho a correr até a por­ta e olhar para fora.
Na calçada oposta, o lampião clareava a rua deserta e silenciosa.


***

William Wyntark Jacobs
W. W. Jacobs, nascido a 8 de setem­bro de 1836, foi educado em Londres, em escolas particulares. Empregou-se, ainda jovem, no serviço de fiscalização bancária, até que em 1896 surgiu com o primeiro livro - "Many Cargoes" - com­posto de pequenas histórias humorísticas sôbre a vida das docas, com seus estiva­dores, marinheiros e pescadores. É em tôrno do mesmo ambiente, explorando temas ligados ao pessoal do cais, que se desenvolvem as narrativas incluídas em obras como "Odd Craft", "Captains Ali", "The Lady of the Barge", e ou­tras. Embora revelando originalidade e agudo senso de humor, não seriam êstes livros que popularizariam o nome de Jacobs. A glória ele iria alcançar com outra espécie de histórias - os cha­mados contos de horror. Tornou-se, nes­te gênero, um mestre incontestado. Não há antologia que dispense, atualmente, a inclusão de uma obra prima como "A Garra do Macaco", pequena história em que o fantástico se liga ao real sem jamais decair no vulgar, em que o leitor nunca pode precisar onde termina a ilusão e começa a realidade. Não menos estranha e bem conduzida é a narrativa "Que Fi­zestes, Caim?" e outras de idêntico "sus­pense", incluídas em obras como "Bis Brother's Keeper".
Além de contista, Jacobs é também teatrólogo. Numerosas comédias, a maio­ria em um ato - algumas em colaboração com Louis N. Parker - marcam a sua passagem pelo teatro.
Jacobs faleceu em 1943, durante a última grande guerra.

***


Para ler bons contos fantásticos, acesse o Blog Contos Fantásticos - Procurando divulgar o gênero fantástico na literatura, de Luiz Fernando Riesemberg, e o Blog O Conselheiro Acácio.

15 de out. de 2008

Prêmio Butterfly

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O Blog da Maya concede o Prêmio Butterfly, que nos foi outorgado pelo Maurício, do Blog Práxis Cristã, aos seguintes blogs, por seu trabalho digno, em favor da Justiça:
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1. Refletindo o Livro: http://blog.ariovaldoramos.com.br/
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2. União de Blogueiros Evangélicos: http://blogueirosevangelicos.blogspot.com/
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4. Educafórum - o Blog : http://educaforum.blogspot.com/
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7. Verba volant, scipta manent: http://silasdaniel.blogspot.com/
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Um abraço a todos, e parabéns!

não existe professor sem aluno. parabéns a todos nós.


Aprender

É descobrir

Aquilo que você já sabe.


Fazer

É demonstrar

Que você o sabe.


Ensinar

É lembrar

Aos outros

Que eles

Sabem tanto

Quanto você.


Nós todos somos

Aprendizes,

Fazedores,

Professores.


Richard Bach

13 de out. de 2008

Agradecimento ao Márcio Melânia

Gostaria de agradecer ao Márcio Melânia, do Blog Notícias Cristãs, por ter concedido a este Blog o selo Blog de Ouro e o Prêmio Dardos.

Agradeço ao amigo Márcio Melânia, do Blog Notícias Cristãs, que sempre se lembra de nós com amizade.

É necessária a indicação de quinze blogs, então indico a estas duas premiações, pelo relevância na blogosfera cristã, por seu conteúdo claro, sua proposta em prol da justiça e pela busca do Reino de Deus entre nós, pelo meio midiático, os seguintes blogs:

1. Cristianismo Radical;

2. Práxis Cristã;

3. Blog do Professor Altair Germano;

4. Blog do Pastor Arthur Eduardo;

5. Alice no País do Pensamento;

6. Manhã com a Bíblia;

7. Blog da Glória;

8. Jornal Recomeço;

9. Arminianismo;

10. Blog Celebrai;

11. Centrifugado do Guido;

12. Edemir Antunes;

13. À Palavra - A Obediência Garante o Suprimento;

14. Semente Transgênica do Evangelho;

15. Salvando a Igreja.

Preciso ressaltar que o Prêmio Dardos é importante, pois faz com que se reconheçam os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web.



Quem recebe o Prêmio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:

1. exibir a distinta imagem
2. linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio
3. escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prêmio Dardos.

No caso do selo Blog de Ouro, aplicam-se as mesmas regras.

11 de out. de 2008

se eu votasse no Rio...


A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (AC) manifestou hoje apoio ao candidato do PV à prefeitura do Rio, deputado Fernando Gabeira, contrariando decisão do PT fluminense que formalizou apoio a Eduardo Paes, do PMDB. Antes de tornar pública a decisão, a senadora ligou para o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT), e disse que optou por ficar ao lado do companheiro de 20 anos de militância. No primeiro turno, Marina fez campanha para o candidato do PT, deputado estadual Alessandro Molon, que ficou em quinto lugar na disputa, com 4,97% dos votos.
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"Compreendo a decisão do PT do Rio e as razões da aliança no contexto do Rio. Mas eu disse ao Berzoini tudo o que vivemos com Gabeira nesses 20 anos. Ele nos alcançou lá no Acre. Seria contraditório não apoiá-lo. Se Chico Mendes fosse vivo, estaria na linha de frente do Gabeira", disse a senadora, lembrando o líder seringueiro assassinado em dezembro de 1988. "Existe um contexto para além das fronteiras do Rio. Gabeira tem muita legitimidade para falar do compromisso socioambiental.
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Segundo Marina, o presidente do PT disse que compreendia as razões da senadora e não haverá qualquer punição por causa do apoio a Gabeira, que tem um candidato a vice do PSDB. A senadora disse que um grupo de políticos, artistas e intelectuais organiza uma grande lista de apoio a Gabeira, com personalidades de vários pontos do País. Marina afirmou que está à disposição do candidato para gravar um depoimento no programa de TV ou fazer campanha na cidade, se for necessário.
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A adesão de Marina Silva segue a estratégia de Gabeira de ganhar adesões individuais, em vez de formalizar alianças com partidos políticos, como tem feito Eduardo Paes. Até agora, a única legenda que anunciou apoio a Gabeira no segundo turno foi o DEM, do prefeito Cesar Maia. Hoje, o PSOL, que disputou com o deputado Chico Alencar (sétimo colocado, com 1,81% dos votos), anunciou que ficará neutro no segundo turno.
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***
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10 de out. de 2008

Hiney Ma Tov!

Sobrevivente do Holocausto acende as velas de Hanucá no Centro de Estudos Hebraicos da Comunidade Judaica de Praga, 1999. Foto de Ben Eden.


Hiney ma tov u'manayim,


Shevet a-him gam ya-had.


Hiney ma tov u'manayim,


Shevet a-him gam ya-had


Hiney ma tov, Hiney ma tov


Lai lai lai lai lai lai lai lai lai lai


Hine (or Hinay) Ma Tov is a Jewish hymn traditionally sung at Shabbat feasts.

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Lyrics
The words in Romanized Hebrew are:



Hinay ma tov u’manayim
Shevet akh-im gam ya-ghad


Translated, the hymn means, "How good it is to sit together with companions."

Origins
The hymn is Syrian in origin. It is inspired by Psalm 133, which reads, "Behold, how good and how pleasant it is for brethren to dwell together in unity!" Traditionally, the hymn would be accompanied by Arabic instruments such as the oud, kanun, and ney.
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Salmo 133

Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes; como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre.

***

Visite: http://ruadajudiaria.com/?cat=11
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